A cidade de Ningbo é repleta de templos e resorts, com uma cultura surpreendente. E foi essa cultura que orientou seus cidadãos para uma economia que transcende a agricultura e atinge comércio. Atualmente, é uma potência econômica devido à sua presença forte no comércio internacional. Conheça um pouco mais sobre Ningbo e sua atuação comercial!
Neste artigo você verá:
- 1. A cidade de Ningbo
- 2. Os aspectos históricos do comércio da cidade de Ningbo
- 3. A atividade comercial hoje na cidade de Ningbo
- 4. Escola do Leste de Zhejiang
- 5. Área piloto do plano “Made in China 2025”
- 6. Ningbo, a cidade certa para importar eletrodomésticos da China
- 7. Líder em importação do comércio eletrônico
- 8. Conclusão
1. A cidade de Ningbo
Ningbo é uma das cidades mais antigas da China. Ela está localizada na parte leste da Província de Zhejiang. E a cidade subprovincial possui uma rica história e uma cultura surpreendente.
É lá que se encontra a Pavilhão Tianyi, mais antiga biblioteca particular da China. Com forte ligação à religião budista, a cidade de Ningbo possui templos históricos de visual impressionante. É o caso do Templos de Ashoka, o Templo de Tiantong, o Templo Baoguo, o Templo Qita, o Pagode Tianfeng e o Pagode Xiantong.
Para além da cultura, Ningbo é um grande centro econômico e um dos pontos da famosa rota da seda. A subprovíncia possui um importante porto marítimo, ligando mais de 600 portos e 100 países e regiões do mundo. Não à toa, a Confraria de Ningbo do exterior se tornou um relevante elo entre a cidade e outros lugares ao redor do globo.
Essa localização privilegiada faz com que a cidade de Ningbo seja um ponto de negócios marítimos importante na China. Isso propicia a seus cidadãos a formação de uma cultura regional ligada à agricultura e ao comércio, diferindo um pouco do caráter agrário do centro da China.
2. Os aspectos históricos do comércio da cidade de Ningbo
Ainda no século V, Ningbo já se destacava como pólo econômico chinês. Seu porto foi indicado pelos coreanos do transporte marítimo como o local mais propício para contatos com a capital Jiankang (atual Nanjing). Esse tráfego se manteve ao longo da dinastia Tang (618-907), fazendo com que o comércio progredisse ainda mais. Tanto foi assim que, no século XI, Ningbo se tornou um centro do comércio costeiro.
Com a implementação da capital Nan Song em Hangzhou, em 1127, sua relevância cresceu. O comércio exterior e direcionado à capital evoluiu através de Ningbo. No entanto, as dificuldades vieram no começo do império Ming (1368-1644), quando o governo proibiu o comércio exterior e a construção de navios oceânicos.
Mas o comércio costeiro severamente restrito não foi a única dificuldade. A cidade foi atacada por piratas japoneses, e o crescimento permaneceu estagnado até o fim do século XV.
A prosperidade voltou com a atividade rural no interior da subprovíncia e com as negociações comerciais internas e estrangeiras, todas inicialmente ilícitas. Ningbo foi se consolidando como centro comercial da planície costeira e, no século XIX, seus comerciantes passaram a desempenhar o papel de banqueiros. A abertura ao comércio exterior se deu em 1843, mas Xangai assumiu seu posto de porto de tratados por meio da baía de Hangzhou.
3. A atividade comercial hoje na cidade de Ningbo
A cidade subprovincial de Ningbo é atualmente um dos três maiores centros econômicos de Zhejiang. Sua localização como cidade mais ao sul do Grande Canal da China faz com que Ningbo seja a saída do canal, fazendo a junção entre o canal e a Rota da Seda Marítima.
O canal é a principal via navegável de ligação entre o sul e o norte, por onde passam mercadorias e alimentos. Por isso, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico e cultural chinês, bem como no intercâmbio entre as diferentes regiões do país.
O porto de Beilun, construído em 1985, também merece destaque. O porto marítimo de águas profundas, com instalações e trânsito de contêineres, é um dos maiores da região.
Além da estrutura portuária, é importante destacar a presença da Escola do Leste de Zhejiang, com fundamental papel na economia comercial.
4. Escola do Leste de Zhejiang
O desenvolvimento de uma economia de commodities em Ningbo foi apoiada ideologicamente pela chamada Escola do Leste de Zhejiang. Considerada compatível e inovadora, sem ser sectária, ela defende a pesquisa acadêmica em prol da sociedade. A escola possui grande influência nos estudos acadêmicos chineses modernos, mas também no exterior.
A economia de commodities utilitária, desenvolvida e com tradição pragmática se combinou com o comércio oceânico de Ningbo. O resultado é a cidade com comércio desenvolvido, que exporta homens de negócios.
5. Área piloto do plano “Made in China 2025”
Em 2016, o Ministério da Indústria e Informatização aprovou Ningbo como a primeira área piloto do plano “Made in China 2025”. Isso significa que a cidade foi capacitada à experimentação e à exploração de novos modelos para fabricação. A ideia do governo chinês é retirar o país de um modelo de fabricação barata, tornando-o um modelo de manufatura com maior valor agregado.
As prioridades do plano são inúmeras, como inovação, integração tecnológica e industrial, internacionalização de fabricação, estímulo às marcas chinesas, reestruturação, produção sustentável, produção orientada por serviços e fortalecimento da base industrial. Muitas das prioridades são atendidas pela cidade de Ningbo.
6. Ningbo, a cidade certa para importar eletrodomésticos da China
A cidade portuária, uma vantagem a mais para quem quer importar da China, é o convite certo para quem quer comprar artigos de papelaria, roupas masculinas ou autopeças.
No entanto, o forte de Ningbo está na produção de eletrodomésticos, sendo o distrito de Cixi, em Ningbo, detentor de um terço da manufatura desses produtos.
7. Líder em importação do comércio eletrônico
Em 2018, Ningbo venceu a concorrência de Zhengzhou (província de Henan) e Hangzhou (províincia de Zhejiang) para tomar o primeiro lugar em importação de eletrônicos transfronteiriço.
A cidade atingiu US$ 2,13 bilhões (14,37 bilhões de Yuans) em importações, com crescimento anual de 83%. Esse valor representou 40% do total do país.
Ou seja, ocorreu um aumento de mais de 30 milhões de consumidores internacionais de variados produtos por meio das plataformas de e-commerce.
O primeiro lugar no país em importações foi retratado no dia 11 de novembro (festival de compras online do país) de 2018. A alfândega de Ningbo recebeu 7,73 milhões de encomendas de importação (equivalente a 1,45 bilhões de yuans).
Diante da alta demanda, a cidade formou um sistema empresarial de comércio eletrônico internacional. Ele está centrado em algumas áreas, como na área de Comércio Livre de Ningbo (primeira área de e-commerce entre fronteiras) e na zona portuária Ningbo Meishan.
A cidade de Ningbo esbanja riqueza cultural e comercial. Os aspectos históricos do comércio explicam o motivo de a cidade ser um importante pólo econômico na China.
Não à toa, alcançou a liderança em importação do comércio eletrônico. E o governo chinês já reconheceu seu papel na transformação econômica do país.
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