Os cursos de importação abordam pontos sobre a operação para que o empreendedor consiga escolher os produtos ideais para sua empresa. Mas será que os cursos de importação e exportação valem a pena?
Em primeiro lugar, tenha em mente que um curso de importação da China, por exemplo, não te tornará um especialista em importar da China.
Então, será necessário ter auxílio de profissionais para que tudo seja feito de forma correta. Veja a seguir um pouco mais sobre esses cursos.
Aqui você verá:
1. Cursos de importação: vale a pena fazer?
Os cursos de importação costumam trazer as principais questões que giram em torno dessa operação. Em algumas horas, o(s) professor(es) tratam de diversos assuntos, como:
• Passos necessários para a realização de uma importação com êxito;
• Identificação e análise de produtos com bom custo-benefício;
• Normas dos órgãos reguladores aplicáveis à importação;
• Formas de importação direta e indireta, e outros temas.
Pegamos como exemplo o curso “Iniciando na Importação” do Sebrae, instituição referência de apoio ao empresário. De acordo com o site, são 4 módulos a serem abordados em um total de 3 horas: Direcionamento Estratégico, Controles Gerenciais Financeiros, Controles Gerenciais Operacionais e Indicadores de Desempenho.
De acordo com a instituição, você irá identificar e analisar produtos com nível de qualidade e preços mais adequados para importação. Conhecerá, ainda, as formas de importação direta e indireta e qual delas se encaixa melhor para sua empresa manter-se competitiva frente ao mercado.
Saberá, por fim, como realizar importações dentro das normas previstas pelos órgãos reguladores, para ofertar produtos que atendam a legislação”. Considerando esse e outros cursos de importação, vale a pena?
Prós e contras
A importação é uma operação de mercado que pode ser muito lucrativa quando o empresário sabe exatamente como executá-la.
Isso demanda bastante conhecimento e experiência, além de atualização em relação às normas que regulamentam a transação. Por isso, fazer cursos de importação pode ser vantajoso.
Vantagens dos cursos de importação:
• Há cursos de importação e exportação que dão ao aluno uma garantia de 30 dias, período durante o qual é possível ver as aulas e experimentá-las para avaliar se valem ou não a pena (se não valer, devolvem integralmente o dinheiro);
• Os cursos de importação, independentemente da carga horária, de serem pagos ou gratuitos, trazem informações relevantes e conhecimento para quem não faz ideia de como importar produtos de outros países;
• Alguns cursos de importação são lecionados por professores com boa experiência no mercado e profissionais que já trabalharam com grande montante de dinheiro na importação;
• Muitos cursos de importação e exportação conseguem se aprofundar em temas importantes, como ensinar técnicas e formas corretas de importar;
• Existem cursos gratuitos que dão uma boa ideia sobre o processo de importação e que têm o mesmo valor de cursos pagos.
No entanto, considerando a complexidade da importação, os cursos de importação também trazem alguns pontos negativos. Veja abaixo alguns pontos que nós listamos.
Desvantagens dos cursos de importação:
• A maior parte dos cursos de importação só serve para iniciantes que não conhecem técnicas de importação ou não tem qualquer contato com o tema;
• Boa parte das informações apresentadas estão disponíveis na internet gratuitamente, basta fazer a pergunta certa ao Google;
• Muitos cursos estão desatualizados em diversos pontos e práticas, especialmente quanto às mudanças normativas;
• Não há tempo para aprofundar nos conceitos complexos da importação, bem como em suas nuances;
• Muitos cursos só querem vender, e não ensinar de fato como realizar uma importação.
Destes prós e contras, podemos entender que os cursos de importação não irão transformar ninguém em especialista em poucas horas. Afinal, para fazer a importação de forma profissional é preciso estudar muito e agregar bastante experiência nas operações. Não há segredo ou mágica nos cursos.
Por isso, pontuamos a seguir duas questões a respeito dos cursos de importação.
Para empresas com processos de compras não compensa!
Uma empresa com processo de compras tem um time dedicado para essa prática. No entanto, quando ela passa a fazer importações, será preciso ter um especialista em comércio exterior dedicado para essa nova função. Afinal, os dois “setores” têm rotinas totalmente diferentes, com KPIs de compras diferentes.
Sem dúvidas, o time de compras pode auxiliar (e muito!) na busca de fornecedores confiáveis, bem como atuar nas negociações, uma vez que são práticas que o profissional já conhece.
No entanto, a rotina de comércio exterior, que sucede a etapa de sourcing e negociação, deve ser executada por uma equipe ou um profissional específico em comércio exterior para operacionalizar os pedidos de importação.
Em outras palavras, não adianta o time de compras fazer cursos de importação para que sua empresa comece a importar produtos, porque ele não terá experiência nem conhecimento para fazer isso por conta própria.
É certo que ele pode fazer tais cursos para adquirir conhecimento, porque conhecimento nunca é demais. Mas se for um curso pago, será um investimento que não resolverá o problema de fazer uma importação com segurança.
Aprender uma rotina operacional vai muito além de um curso!
O processo básico de importação de bens possui várias etapas que envolvem controle administrativo e controle aduaneiro.
Inicialmente, o importador verifica no SISCOMEX qual será o tratamento administrativo para aquela operação. Ela pode estar ou não sujeita a licenciamento.
Se ela estiver sujeita a licenciamento, o importador deverá registrar uma solicitação de Licença de Importação no SISCOMEX.
Os órgãos responsáveis pelo licenciamento de importação irão analisar seu pedido e, se tudo estiver correto, irão deferir a licença e autorizar o embarque.
E se os órgãos anuentes não deferirem a licença? Eles esperam o aviso de chegada da mercadoria na Zona Primária, fazem sua inspeção e só então deferem a LI (Licença de Importação) pendente no SISCOMEX.
No caso da licença deferida desde o início e da importação não sujeita a licenciamento, a etapa seguinte é o embarque da mercadoria no exterior e seu transporte até o ponto de destino no Brasil.
O transportador informa a Receita Federal sobre a chegada da mercadoria, que é descarregada e enviada ao recinto alfandegário. Em seguida, o depositário informa a disponibilidade da mercadoria para RFB.
Neste ponto, o produto pode ser ou não sujeito à inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ou do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Se for inspecionado, o importador é quem deve solicitar aos órgãos de controle a fiscalização da mercadoria no recinto alfandegário.
Se não for sujeito à inspeção ou no momento após a inspeção, o importador registra a Declaração de Importação (DI), recolhe os tributos devidos e encaminha os documentos à Receita, que seleciona a DI e procede à Conferência Aduaneira.
Se tudo estiver certo, ocorre o desembaraço aduaneiro e o depositário consultará no SISCOMEX a autorização da RFB. Então, verificará os documentos e o recolhimento de ICMS e AFRMM (quando aplicável). Por fim, a mercadoria é liberada.
Destacamos que este é o processo básico de importação, a rotina operacional. Os cursos de importação podem até ensinar os conceitos presentes nessa rotina, mas você terá segurança e tempo de realizá-la por conta própria?
Certamente não, porque a teoria e a prática são coisas completamente diferentes. É preciso ter experiência ao tratar com os controles administrativos e alfandegários.
E também é fundamental também ter experiência na pesquisa de fornecedores confiáveis e nas negociações, etapas que antecedem essa parte operacional da importação. Não à toa, os cursos de importação terminam as aulas oferecendo seus serviços e consultorias.
2. Por que todos os cursos oferecem consultoria ou serviço ao final do curso?
A vida real é bastante complexa para o empresário que deseja começar suas operações de importação e exportação. Por mais que existam bons cursos de importação, que abordam conceitos e práticas importantes dessa transação, é pouco provável que o empresário sinta segurança em realizá-la sozinho.
Afinal, há muitas questões envolvidas na importação. A escolha errada de um produto eletrônico pode atrapalhar todo o estoque da sua loja online, por exemplo.
A troca e a devolução de produtos com defeitos importados da China ou do Japão é muito mais demorada. E se o produto estiver funcionando, mas não atender à qualidade esperada do seu público-alvo?
Essas situações são corriqueiras para quem importa sem tanto conhecimento e geram bastante desperdício financeiro.
Não só relacionado aos recursos envolvidos diretamente na transação, mas também ao desperdício de tempo de trabalho.
Os cursos de importação também tomarão um bom tempo do empresário ou de sua equipe e não ensinarão tudo que precisam saber para fazer a importação.
Como pontuamos antes, para ter todas as informações necessárias para fazer uma boa rotina operacional requer muito estudo, experiência e atualização.
Por isso, por melhor que seja o curso, você sempre receberá uma oferta de consultoria de importação ao final dele.
Aqueles que montam o curso sabem que é impossível entrar no mundo do comércio exterior e ter sucesso nele apenas com os cursos de importação. Sempre será fundamental ter especialistas ao lado!
3. Se eu fizer um curso de importação da China precisarei de consultoria?
De forma bastante simples, sim. A teoria sobre a operação é fundamental, mas o conhecimento teórico não traz conhecimento prático. É preciso ter experiência.
Vamos voltar um pouco e pensar no próprio curso de bacharel em Comércio Exterior. O aluno deste curso aprende bastantes conceitos aplicáveis nestas transações: cotação, classificação fiscal, conferência dos documentos de embarque, armazenagem, frete etc.
Aprender a ter um olhar macro sobre como as decisões políticas e econômicas internas e externas podem afetar as importações. A teoria está toda ali, sempre amparada por trabalhos em grupo, provas e professores a todo o momento.
No entanto, quando esse aluno entra em um estágio, percebe que a realidade exige muito mais do que ele imagina. Se ele demorou uma hora para conferir um conhecimento de embarque durante o trabalho em grupo, não pode demorar mais do que 15 minutos no trabalho. Cada minuto perdido pode significar maior custo. Uma única pessoa pode comprometer uma operação inteira. Essa é a vida real no comércio exterior.
Por isso, mesmo que você faça ótimos cursos de importação, não saberá como é a prática dessa operação. Uma consultoria em comércio exterior, como a Guelcos, atuará de ponta a ponta para que a importação seja um sucesso e impulsione os resultados de sua empresa.
Afinal, possui anos de experiência com tudo que envolve a operação, desde o estudo de viabilidade, a busca pelos melhores fornecedores até a gestão do desembaraço aduaneiro com o despachante.
Benefícios de contratar uma
consultoria de importação:
• Estão atualizados quanto às normas brasileiras e internacionais;
• Têm proficiência no idioma do país de onde você quer importar;
• Possuem especialistas em negociações e compras internacionais.
A importância do despachante aduaneiro
O despachante aduaneiro pratica, em nome do empresário, os atos relacionados ao despacho aduaneiro das mercadorias transportadas por qualquer via na importação ou na exportação. E obrigatoriamente, as importações empresariais exigem um despachante aduaneiro.
Conforme destaca o site da Receita Federal, “a principal função do despachante aduaneiro é a formulação da declaração aduaneira de importação ou de exportação, que nada mais é que a proposição da destinação a ser dada aos bens submetidos ao controle aduaneiro, indicando o regime aduaneiro a aplicar às mercadorias e comunicando os elementos exigidos pela Aduana para aplicação desse regime”.
Dessa atribuição podemos entender por que o despachante aduaneiro é de fundamental valor para o empresário.
Mais do que a teoria dos cursos de importação, ele é o responsável por garantir que a operação de compra internacional tenha o menor custo possível e seja realizada dentro das normas e legislações existentes.
Por isso, além de estar sempre atualizado com as normas, ele deve ser especialista em procedimentos e regras do comércio exterior. Dessa forma, conseguirá diminuir as chances do seu cliente ter problemas na operação.
Em outras palavras, é um agente de soluções em comércio exterior que ajuda o empresário a vencer todas as barreiras que o comércio exterior impõe.
Os cursos de importação valem a pena se forem somente uma forma de adquirir conhecimento superficial sobre o processo de importação. No entanto, esse conhecimento pode ser adquirido de forma gratuita, inclusive na internet.
O que é realmente indispensável em uma operação tão complexa é o auxílio de especialistas em comércio exterior com ampla experiência. Veja como a Guelcos pode ajudá-lo a importar da China!