Balanced scorecard (BSC): o que é e como funciona?

Sabia que é importante entender o que é balanced scorecard? Pois, o uso dos conceitos de gestão oferecem apoio ao controle da empresa, principalmente se pensamos em escalar nosso negocio de importação.

O conceito de balanced scorecard já era de extrema importância para quem tem uma empresa, seja ela varejista ou B2B, agora, é fundamental. Os desafios, como a pandemia, fizeram com que o processo empresarial fosse colocado à prova.

De acordo com a pesquisa “balanced scorecard Usage Survey 2020”, quase 80% das organizações entrevistadas afirmam que consideram o seu balanced scorecard mais útil após o covid-19.

Embora não tenha sido necessariamente criado para esse contexto, é um bom exemplo de como o BSC tem papel fundamental na organização das empresas e dos seus indicadores. 

Então, se você quer entender mais sobre ele e como funciona, nosso artigo vai ajudar você com isso e, ainda, mostrar como isso dialoga especificamente com o setor de importação empresarial.

O que você verá nesse texto:

Leia até o final para entender tudo!

O que é balanced scorecard (BSC)?

O balanced scorecard significa indicadores balanceados de desempenho, pode ser usado a sigla BSC para se referir a esse indicador. Foi criada em 1992, pelos professores David Norton e Robert Kaplan. Ambos eram da Harvard Business School.

A ideia era trazer um novo caminho para medir o desempenho das organizações, definindo estratégias de uma maneira mais ampla.

Por que usar o balanced scorecard?

Porque a forma como essa metodologia é trabalhada vai muito além do aspecto financeiro. Pois, nela, os clientes, os processos internos e o aprendizado fazem parte na mesma medida. Além desses temos, outros que tem força na sopa de letras do BSC são a gestão estratégica, mensuração de progressos e iniciativas estratégicas.

• O objetivo do BSC é, portanto, avaliar todos os indicadores do negócio de maneira balanceada e coletiva. 

Por isso, essa metodologia fez com que ela se tornasse, eventualmente, uma resposta aos métodos tradicionais de avaliação de desempenho, seja no meio empresarial como acadêmico. 

Tudo isso toma força e corpo atualmente porque bate bastante na tecla de geração de valor das empresas. Logo, é preciso desenvolver estratégias que alinhem bem o que se quer ter com a forma que isso vai ser atingido considerando todos esses aspectos.

E o melhor disso é que, por ser flexível, as empresas podem aproveitar mais de uma metodologia junto com o BSC: a análise SWOT, curva ABC e planos de ação do 5W2H são bons exemplos disso.

Como funciona o balanced scorecard?

O funcionamento do balanced scorecard acontece por meio dos seus componentes básicos: perspectivas, objetivos estratégicos, metas e indicadores chave de desempenho.

Um ponto que merece destaque quanto a esses pilares é que todos estabelecem uma relação de causa e consequência entre si — ou seja, há uma interdependência das partes. 

Mas a melhor forma de entender a “roda girando” é compreender cada parte desse motor. Por isso, vamos apresentar melhor esses elementos a seguir.

Perspectivas

Perspectiva nada mais é do que um ponto de vista. Ou seja, a “lente” que se usa para enxergar alguma e que vai, naturalmente, influenciar essa observação. Por trás delas, existem, conhecimentos importantes.

Nesse momento, as informações passam a ser hierarquizadas a partir dos vieses.

Aqui entram as 4 perspectivas do BSC, também conhecidos como 4 pilares do BSC:

Cada uma delas vai ser definida, mensura e acompanhada de perto.

1. Finanças;
2. Clientes;
3. Processos internos;
4. Aprendizados.

As perspectivas financeiras e o que se descobriu com as demandas que surgiram, por exemplo, vão influenciar na perspectiva de conhecimento.

Objetivos estratégicos

O segundo ponto dos pilares do balanced scorecard são os objetivos estratégicos. Ele indica o caminho que a organização deseja seguir. Ao mesmo tempo, vai indicar o que se espera ter após um certo período.

A definição deles depende também de um planejamento estratégico, que costuma depender de uma análise detalhista. É aqui onde entram metodologias complementares como falamos, como é o caso do SWOT.

Cada perspectiva vai direcionar a um objetivo estratégia, reforçando a ideia de relação de causa e efeito que já falamos. Os objetivos também podem ser divididos entre gerais e específicos, facilitando o alcance dos resultados.

Indicadores chave de desempenho

Todo objetivo estratégico, juntamente com sua perspectiva, precisa ter um indicador chave de desempenho correspondente. Isso significa que o andamento do que se planeja precisa ser quantificado.

Estamos falando, então, de um valor real e quantitativo que torna possível a mensuração de algo. Como se trata de empresas, esse algo está em execução dentro do negócio e tem como propósito conseguir um retorno específico.

Isso significa que os indicadores chave de desempenho precisam monitorar algo que é capaz de não só ser controlado mas também influenciado pela forma que é feito. 

Basicamente, eles conectam as métricas, de fato, a objetivos estratégicos na prática.

Um bom exemplo disso são os indicadores de compra. Leia esse artigo!

Metas

Para finalizar, as metas também são pontos cruciais dentro do funcionamento do balanced scorecard. Aqui estamos falando do valor planejado para os indicadores chave de desempenho. Se ela não for bem definida, o ciclo de gestão vai fracassar.

Mas, para isso, é preciso ter um grande cuidado para evitar um efeito negativo: buscar o equilíbrio. Se a meta for muito simples, pouco é transformado. Mas se ela for exagerada, vai ser difícil conseguí-la e a equipe pode sofrer com isso.

A metodologia SMART cuidado que os objetivos sejam ambiciosos, mas possíveis:

• é específica: não pode existir dúvidas de qual é a meta, porque ela é importante de ser alcançada e todos os requisitos envolvidos;

• é mensurável: ela precisa ser medida, logo, é preciso ter clareza quanto qual é o resultado esperado para que ele possa ser calculado de forma adequada;

• é atingível: é realmente possível chegar nesse resultado? ela precisa ser encarado como algo realístico para todos os envolvidos;

• é relevante: essa meta precisa gerar algum efeito importante sobre o negócio para ser escolhida como tal;

• é temporal: ela não pode ser estabelecida sem prazo, portanto, precisa-se de ter um tempo mínimo e máximo para chegar onde se quer.

Essa percepção vai crescendo durante o próprio processo de gestão da empresa. Cada vez que um planejamento é executado, isso vai ficando mais amadurecido e o balanceamento desses valores se torna mais fácil.

Quais são as perspectivas do balanced scorecard?

O primeiro ponto que trouxemos do balanced scorecard foi as perspectivas que são avaliadas e mostramos que existem 4. Como essa parte dá sentido a tudo que vem pela frente na organização, ela merece um destaque especial. 

A seguir, vamos apresentar os 4 pontos de vista que influenciam diretamente nessa metodologia. 

Ponto de vista do financeiro

Muitas vezes tida como única em uma avaliação, o ponto de vista financeiro é apenas uma dos tipos. Ela diz respeito aos efeitos gerados pelas decisões estratégicas nas metas da empresa. Os objetivos financeiros são, indiscutivelmente, peças-chave.

Mas eles precisam ser encarados a longo prazo e serem associados a um plano de ação próximo da área financeira. Aqui, devemos questionar: a empresa está tendo sucesso financeiramente?

Essa resposta não depende apenas dos valores da receita, mas também da lucratividade do negócio e do seu valor. 

Ponto de vista do cliente 

O segundo ponto de vista é o do cliente. Como ele enxerga a organização? Essa etapa é muito atrelada à participação da organização no mercado e como ela é percebida pelo que entrega às pessoas ou empresas que negocia.

Além da participação do mercado em que a empresa atua, entram também avaliações em relação à retenção, captação e satisfação dos clientes. E assim, ao ponderar sobre os compradores, dá para entregar melhores resultados nesses sentidos. 

Basicamente, é o momento de se perguntar: quais são as estratégias que estão funcionando para atrair o seu público? E o que faz com que as pessoas optem por sua marca? 

Ponto de vista dos processos internos

Os processos internos também são um elemento que evidencia uma questão primordial: melhorias. A qualidade dos processos precisam estar sempre aumentando toda vez que é feita uma mudança.

Mas os processos que merecem destaques na análise são a inovação (estar a frente do mercado), operação (crescimento da qualidade e tempo de resposta) e pós-venda (construção da reputação da empresa).

O procurement na gestão de compras é um bom exemplo disso. As melhorias sempre são maiores à medida que os esforços para reduzir gargalos também vão se tornando mais frequentes.

Ponto de vista de aprendizado

A última “lente” que recai sobre essa análise é de aprendizado e conhecimento. Talvez seja a mais importante porque lança os caminhos para os passos futuros. Aqui que se entende sempre é possível se superar e a aprendizagem com as práticas serão o meio para isso.

O questionamento deve fazer parte da rotina da organização. A rotatividade de colaboradores, o engajamento e a capacitação são três vieses fundamentais para se observar essas oportunidades.

Em última instância, essa perspectiva dialoga com a criação de valor projetada. Logo, envolve aquilo que não é físico mas que também afeta diretamente o que vai ser da empresa.

Vantagens da metodologia BSC

Mas o que torna a metodologia tão atraente em relação a outras maneiras de fazer isso? Ou pelo menos, um importante complemento na metodologia dos negócios? Há três motivos principais para isso. Vamos entendê-los!

Clareza na avaliação

Esse é um benefício que pode parecer óbvio à primeira vista, mas nem sempre é. Escolher uma metodologia dá mais organização à empresa. E, consequentemente, clareza. Muitas empresas não sabem onde querem chegar de forma sistemática e isso impede o sucesso.

Esses especificados na execução vão fazer com que toda a execução seja muito mais fácil de ser alcançada. Não há margem para o instinto — pondo em risco as decisões do negócio —, mas sim para uma análise embasada.

Ações operacionais

As ações operacionais também são um ganho que merece reconhecimento ao investir em balanced scorecard. Esse ponto se converte em definição tática. A clareza desemboca nisso, facilitando as iniciativas práticas.

Isso significa que todas as ações operacionais se pautam em objetivos estratégicos firmes e ponderados. Não há para que tentar de tudo, mas há muito espaço para tentar aquilo que vai dar retorno visível.

Capacidade de mensuração

Para fechar os ganhos, não podemos deixar de falar sobre a capacidade de mensuração. Ela é uma grande vantagem que se dá porque só sabendo onde se está pisando que vai se ter a certeza de que o caminho é o certo.

Só o que se mede pode melhorar. E como falamos, é a busca pela melhora que dá abertura para aprendizagem e crescimento. Então, esse potencial de quantificar tudo que está sendo feito é primordial para a organização.

Como aplicar balanced scorecard no setor de importação?

O mapa estratégico nada mais é do que a representação visual de todos os elementos que compõem o BSC.

Dito isso, como criá-lo? É o que vamos mostrar a seguir.

Como a importação é tema fundamental no nosso blog, vamos focar nessa situação: empresa que trabalha importando produtos.

Veja como fica um cenário hipotético:

OBJETIVOS	METAS	INDICADORES	INICIATIVAS
Perspectiva financeira: aumentar a margem de lucro da empresa	Aumentar em 5% a margem de lucro com os produtos importados	Demonstrativos financeiros	Fazer compras em maior quantidade do mesmo produto
Perspectiva do cliente: contar com um ticket médio alto	Aumentar o valor de cada compra em 20%, em média	Valor das notas fiscais de cada venda	Melhorar o mix de produtos e entregar melhores ofertas
Perspectiva de processos internos:  Melhorar as qualidade dos produtos dos fornecedores	Criar pesquisas de satisfação para todos os clientes	Nível de entregas	Oferecer cupons e descontos para pessoas que responderem as pesquisas
Perspectiva de aprendizado e crescimento: criar uma logística de importação veloz	Investir em um sistema específico de importação	Tempo do desembaraço aduaneiro	Desenvolver parceria com uma consultoria de comércio exterior

Guelcos: importe com inteligência e cresça sua empresa

O balanced scorecard é um excelente caminho para ter uma gestão estratégica e fazer com que sua empresa tenha bons resultados.

Mas a inteligência, quando se está falando de importação, envolve também ter um bom suporte nas escolhas.

A Guelcos oferece toda a consultoria de importação necessária para que você possa economizar na hora de comprar itens importados com segurança.

Entre em contato conosco!

Siga nossas redes sociais!